domingo, 8 de março de 2009

A organização católica do Brasil excomungou todos que participaram da cirurgia de aborto da menina de nove anos vítima de abuso sexual, do médico ao juiz, incluindo a mãe; ninguém foi poupado; exceto o padrasto da menina com a justificativa: “Aborto é pior do que estrupo”. Nesse caso será que é mesmo?
-Não sei.
Acho que excomunhão nem se usa mais, cada um sabe daquilo que faz, e cabe a Deus decidir perdoar ou não. Falar que o padrasto fez menos mal que o médico talvez seja um exagero, uma falta de amor ao próximo, uma falta de respeito com a vítima que em momento algum disse que preferia ser mãe a ser criança.
Eu sou cristã, e antes de qualquer coisa acredito em Jesus e em Deus e sou contra o aborto, mais nesse caso não dá pra não ficar balançada ou até mesmo chocada com o desapego do ser humano por outro ser humano. Tem uma parte de mim que acha que é pecado sim, mais tem uma parte muito maior que acha que pecado é acabar com a vida de uma criança que nem deve saber o que é maternidade. Ninguém é melhor que ninguém, e quanto a padrasto não desejo nada e ele que não seja justiça, uns bons 20 ou mais anos na prisão, e que ele se arrependa do que fez, consiga tratamento e que encontro em Deus perdão e calma de espírito.

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